

Por muitos anos o brasileiro foi
acusado de ter “memória curta” principalmente em relação aos ídolos no esporte
de uma forma em geral, principalmente relacionado ao esporte mais popular do
país: O futebol. Os jogadores de 1950 ficaram mais de 50 anos carregando a
alcunha de fracassados, injusto principalmente por seus críticos desmerecerem o
elenco Uruguaio. Os brasileiros levaram
ainda oito anos para desconstruir esta imagem.
Com o passar dos anos isso começou a ser desmistificado... Afinidades e outros
interesses ficaram mais expostos e a badalada seleção de 1982 é mais respeitada
do que o elenco campeão de 1994.
Falei disto tudo para poder citar dois jogadores que em minha opinião não recebem o merecido destaque e idolatria: Amarildo e Vavá. Explico: Ambos substituíram jogadores importantes na copa do mundo e foram decisivos nos títulos de 1958 e 1962 com gols e brilhantes atuações.
Falei disto tudo para poder citar dois jogadores que em minha opinião não recebem o merecido destaque e idolatria: Amarildo e Vavá. Explico: Ambos substituíram jogadores importantes na copa do mundo e foram decisivos nos títulos de 1958 e 1962 com gols e brilhantes atuações.
Foto: Agência Folhapress |
Amarildo jogou no Botafogo, Milan,
Roma, Fiorentina e Vasco. Durante a copa de 1962 substituiu de forma brilhante Pelé
e se destacou com grandes atuações e gols decisivos. Recebeu o apelido de "Possesso" depois da excelente
participação na Copa do Mundo de 1962. Pelo Brasil fez 9 gols em 24
partidas. Autor de gol na
decisão do mundial, o Possesso é desconhecido de muitos nas ruas do Rio de
Janeiro e até mesmo no Maracanã aonde o pôster relacionado ao Bicampeonato não
constava a sua foto junto ao time, Pelé estava em seu lugar. É importante
lembrar que ele não queria que o Pelé
fosse tirado, mas que, pelo menos, o colocassem como o décimo segundo jogador.
Atualmente, isso já foi consertado e Amarildo está na foto, no lugar de Pelé,
mas a tristeza por seu esquecimento ainda está presente.
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Fonte: noesotroblogdefutbol.blogspot.com |
Mesmo sendo muito mais oportunista
do que técnico, Vavá ( Edvaldo Izidio Neto) foi autor de 9 gols brasileiros em apenas duas
copas disputadas. Na final de 1958, na Suécia, primeiro título do
Brasil, os donos da casa saíram na frente. Mas dois gols do atacante, em
cruzamentos de Garrincha, viraram o jogo e abriram as portas para a goleada por
5 a 2. Na semifinal, contra a França, ele já havia deixado o dele na vitória
também por 5 a 2.
Quatro anos mais tarde, no bicampeonato, lá estava
Vavá. Na semifinal contra o os anfitriões chilenos, fez dois dos quatro gols
brasileiros na vitória por 4 a 2. Na decisão contra os tchecos, mais um gol. 3
a 1 Brasil. Em tempos de Pelé e Garrincha, Vavá encontrou o seu espaço para
brilhar.
Dois jogadores que em qualquer lugar
do mundo seriam muito mais lembrados, exaltados e badalados do que são aqui no
Brasil. Os títulos de 1958 e 1962 poderiam não ter sido conquistados sem a
importante atuação de ambos. Falta de memória? Não...o brasileiro sofre mesmo é
de memória seletiva.
Sergio Henrique Homem- 28/06/2018
Sergio Henrique Homem- 28/06/2018