quarta-feira, 23 de setembro de 2015

ADMINISTRAR É PRECISO !



 
Fonte: Blog do JJ 


Começa mais uma vez o campeonato brasileiro de futebol. Esta edição vem, mais uma vez marcada, pelos problemas financeiros que há anos assolam nossos clubes de futebol e se agravam cada vez mais nos últimos anos. O mais curioso se deve ao fato de inúmeros problemas virem se repetindo ao longo dos anos: falta de recursos, êxodo de jogadores, ações na justiça, má administração, etc.
Alguns clubes bem que tentam, mas o alto valor das dividas acaba originando a necessidade de uma mudança na cultura nos clubes e que a sua administração seja feita de outra forma, por isso cito os seguintes exemplos:


Parceria - É como gestão, visa principalmente administrar e explorar a marca do clube, antecipando receitas de marketing e de despesas administrativas.  Em troca, lucros obtidos com patrocínio e negociação de contratos de TV são divididos de forma igual. Outra forma de parceria que tem sido feita nos clubes é a que a empresa contrata o jogador e utiliza o clube como “vitrine” para o seu “produto” e repassa um percentual para o clube em futuras negociações.

Co-Gestão - É um modelo que em muitos casos não interfere no estatuto do clube.  É feito como uma parceria, sendo estruturando uma equipe específica para a gestão de assuntos relacionados ao departamento, que no caso é o futebol.  A equipe é composta por um diretor que desenha o organograma com a definição clara das responsabilidades de cada parte e fortalece a marca da empresa junto ao grande público.  O grande exemplo de co-gestão é o do Palmeiras junto com a Parmalat.   A empresa queria fortalecer sua marca junto ao público brasileiro se aliou ao clube, e começaram a participar em conjunto de tomadas de decisão no departamento de futebol (contratações, administração, etc.) onde além de investir, a empresa divide os lucros com o clube.  Em um caso parecido, houve investimento na região sul (Juventude) e no nordeste (Santa Cruz) de uma forma mais modesta.
  
Fonte: www.torcedores.com

Clube-Empresa – Nada mais é do que o clube responder por suas ações e recolher impostos, como uma empresa qualquer o faz.  Essa transformação sofre uma grande resistência dos dirigentes da maioria dos grandes clubes. Alguns clubes divergem sobre tornar-se empresa, pois a empresa visa apenas o lucro e o grande clube visa títulos, conquistas e formação de grandes jogadores. Outros apontam principais detalhes, pois um clube empresa tem redução de impostos, maior variedade de produtos, diminuição da concorrência, exige a contratação de profissionais, aumento da parceria com empresas internacionais, maior captação de receitas com um conseqüente aumento da torcida e apontam também as principais prevenções: O licenciamento de produtos deve ser feito com empresas devidamente legalizadas (com CNPJ e regularizadas nas leis federais, estaduais e municipais), obtenção de profissionais oriundos da área de marketing, solicitar ao jurídico que sempre acompanhem as negociações e transparência nas negociações com os clientes internos e externos do clube. 

  
FONTE: www.redeglobo.globo.com

Gestão Esportiva Profissional– Ainda é um sonho, mas para a cultura de nosso país, essa é a ideal para os grandes clubes de futebol.  Esse modelo baseia-se no fato de serem administrados como empresa, só que com os benefícios de um clube, muito parecido com o adotado na Espanha por Real Madrid e Barcelona que não são empresas, mas possuem um grande profissionalismo em suas ações. Alguns dirigentes afirmam que a gestão esportiva profissional aliada com a “timemania”, irá capacitar melhor os grandes clubes.
Qualquer que seja o modelo adotado é preciso que se tenha uma mudança de atitudes dos nossos dirigentes. Os grandes clubes não podem mais ser administrados como um hobby ou como um “playground”. Já está mais do que na hora de se rever esse arcaico e já desnecessário amadorismo e, pelo menos, agir e pensar como empresa. 

AS MARCAS LEGENDÁRIAS DO FUTEBOL

A paixão do torcedor pelo seu clube de coração não tem explicação. A lealdade pode ser originada de grandes conquistas, tradição de família ou até mesmo por questões de afinidade. O que liga o torcedor ao seu clube não foge muito a este raciocínio. Quando são perguntados, eles descrevem a sua opinião e falam de sentimentos como: amor, satisfação, felicidade, glória, amizade. Tudo isso me leva a entender e ver os clubes como marcas legendárias.  Esse amor que os torna uma marca de sucesso possui alguns bons exemplos:
1) O que torna um clube que conquistou apenas um titulo nos últimos cinqüenta anos e sua cidade possuindo uma população do tamanha da de Nilópolis na baixada fluminense (RJ) mas, independente disso, possui uma das  maiores  torcida da Alemanha e ainda por cima é um dos clubes mais ricos da Europa? O autor desta façanha é o Schalke 04 da cidade de Gelsenkirchen.  Sua popularidade esta ligada ao fato de vários mineiros já terem  jogado no time , levando o sentimento do clube pelo resto do país. O Schalke possui ainda um dos estádios mais modernos da Europa e uma das maiores medias de publico no mundo;
2) O Barcelona possui sua história  baseada na resistência ao General Franco, tornou-se um dos maiores símbolos contra a sua ditadura. O clube possui o museu mais visitado da cidade (superando o de artistas famosos como Pablo Picasso) e se mantêm quase que exclusivamente da mensalidade de seus sócios sendo também um dos mais ricos do mundo. Mesmo não possuindo uma sala de troféus tão recheada quanto a de seu maior rival, Real Madrid, sua torcida é apontada como um das maiores do mundo com fãs em diversas partes do mundo;
3) Grandes craques ajudam a eternizar os clubes na memória. Falar de paixão por clubes seria impossível sem citar Nilton Santos no Botafogo, Pelé no Santos, Zico no Flamengo, Reinaldo no Atlético, Tostão no Cruzeiro e Sócrates no Corinthians, por exemplo. Apesar de já estarem um bom tempo aposentados, eles se tornaram a referencia para que as novas gerações sigam a antiga e continuem acompanhando os clubes, mantendo assim a paixão acesa;
4) De onde vem a força que o torcedor tem de incentivar o seu time mesmo quando o momento não é dos melhores na historia do clube ? É bom lembrar que Boca e River não atravessam uma boa fase, mas assim mesmo seus torcedores não param de ir aos jogos. Não podemos esquecer a força que Atlético-MG, Palmeiras, Corinthians e o Vasco reencontraram na sua torcida em suas passagens recentes pela série B do Campeonato Brasileiro, aonde inclusive chegaram a bater alguns recordes de público e de venda de seus produtos;

5) Impossível falar de futebol sem citar a camisa mais gloriosa do esporte mais popular do mundo: a Seleção Brasileira de Futebol. Essa camisa que já encantou o mundo, Suécia, Chile, México (1970) e ate mesmo no Haiti é a mais conhecida e reverenciada. Difícil de ter algum lugar em que ela não seja lembrada usada e respeitada.
É evidente amigos que no futebol existem muito mais exemplos de clubes pelo mundo que podem ser considerados sim marcas legendárias. No caso do futebol, elas não estão ligadas a um computador, um carro, uma moto ou, até mesmo, uma cafeteria. Diferente dos bens de consumo, o amor pelo clube é único e sem divisão. O torcedor apaixonado dificilmente mudará de time. Pensando assim, o marketing está cada vez mais voltado para essa paixão. Planos de sócios e a venda de camisas continuam em alta, mas é possível investir ainda neste mercado que vem desenvolvendo vários produtos e acertando outros.

PAPO RETO COM O SERGINHO:

- Se o Palmeiras não reforçar principalmente sua zaga para o ano que vem, correrá um sério risco de ficar no "quase" novamente;

- Finalmente Christianno ( nome pomposo para um futebol tão limitado) foi barrado no Vasco;

- Só um desastre evita o retorno do Botafogo para a série A.