Fonte: Blog do JJ
Começa mais uma vez o campeonato brasileiro de futebol. Esta
edição vem, mais uma vez marcada, pelos problemas financeiros que há anos
assolam nossos clubes de futebol e se agravam cada vez mais nos últimos anos. O
mais curioso se deve ao fato de inúmeros problemas virem se repetindo ao longo
dos anos: falta de recursos, êxodo de jogadores, ações na justiça, má
administração, etc.
Alguns clubes bem que tentam, mas o alto valor das dividas
acaba originando a necessidade de uma mudança na cultura nos clubes e que a sua
administração seja feita de outra forma, por isso cito os seguintes exemplos:
Parceria
- É como gestão,
visa principalmente administrar e explorar a marca do clube, antecipando
receitas de marketing e de despesas administrativas. Em troca, lucros
obtidos com patrocínio e negociação de contratos de TV são divididos de forma
igual. Outra forma de parceria que tem sido feita nos clubes é a que a empresa
contrata o jogador e utiliza o clube como “vitrine” para o seu “produto” e
repassa um percentual para o clube em futuras negociações.
Co-Gestão
- É um modelo que em
muitos casos não interfere no estatuto do clube. É feito como uma
parceria, sendo estruturando uma equipe específica para a gestão de assuntos
relacionados ao departamento, que no caso é o futebol. A equipe é
composta por um diretor que desenha o organograma com a definição clara das
responsabilidades de cada parte e fortalece a marca da empresa junto ao grande
público. O grande exemplo de co-gestão é o do Palmeiras junto com a
Parmalat. A empresa queria fortalecer sua marca junto ao público
brasileiro se aliou ao clube, e começaram a participar em conjunto de tomadas
de decisão no departamento de futebol (contratações, administração, etc.) onde
além de investir, a empresa divide os lucros com o clube. Em um caso
parecido, houve investimento na região sul (Juventude) e no nordeste (Santa
Cruz) de uma forma mais modesta.
Fonte: www.torcedores.com
Clube-Empresa
– Nada mais é do que
o clube responder por suas ações e recolher impostos, como uma empresa qualquer
o faz. Essa transformação sofre uma grande resistência dos dirigentes da
maioria dos grandes clubes. Alguns clubes divergem sobre tornar-se empresa,
pois a empresa visa apenas o lucro e o grande clube visa títulos, conquistas e
formação de grandes jogadores. Outros apontam principais detalhes, pois um
clube empresa tem redução de impostos, maior variedade de produtos, diminuição
da concorrência, exige a contratação de profissionais, aumento da parceria com
empresas internacionais, maior captação de receitas com um conseqüente aumento
da torcida e apontam também as principais prevenções: O licenciamento de
produtos deve ser feito com empresas devidamente legalizadas (com CNPJ e
regularizadas nas leis federais, estaduais e municipais), obtenção de
profissionais oriundos da área de marketing, solicitar ao jurídico que sempre
acompanhem as negociações e transparência nas negociações com os clientes
internos e externos do clube.
FONTE: www.redeglobo.globo.com
Gestão
Esportiva Profissional– Ainda é um sonho, mas para a cultura de nosso país, essa é a ideal para
os grandes clubes de futebol. Esse modelo baseia-se no fato de serem
administrados como empresa, só que com os benefícios de um clube, muito
parecido com o adotado na Espanha por Real Madrid e Barcelona que não são
empresas, mas possuem um grande profissionalismo em suas ações. Alguns
dirigentes afirmam que a gestão esportiva profissional aliada com a “timemania”,
irá capacitar melhor os grandes clubes.
Qualquer
que seja o modelo adotado é preciso que se tenha uma mudança de atitudes dos
nossos dirigentes. Os grandes clubes não podem mais ser administrados como um
hobby ou como um “playground”. Já está mais do que na hora de se rever esse
arcaico e já desnecessário amadorismo e, pelo menos, agir e pensar como
empresa.