O Vasco da Gama é o grande clube do Brasil na serie B. Apesar das dificuldades, nem o mais pessimista dos torcedores acredita que o clube não irá retornar em 2017 para série A. Mas nas ultimas quatro rodadas o time foi derrotado em duas oportunidades, disparando o alerta para o restante da temporada.
Já faz um tempo que o time vem jogando com uma certa “preguiça”, achando que a hora que bem entender vencerá. Isso está notório desde o confronto de volta da Copa do Brasil contra o CRB, que por muito pouco não venceu em pleno Estádio de São Januário. A mesma preguiça compareceu em Cariacica, na derrota para o Atlético-GO.
Contra o Náutico foi a mesma a apatia. O adversário não esperou e buscou o jogo. Jogando em casa o Vasco só conseguiu se impor na segunda etapa, após ser “ajudado” pelo técnico Alexandre Gallo que tirou os dois jogadores (Bergson e Taiberson) que mais incomodavam. Desmontou seu ataque.
Ante o Payssandu, tudo conspirava a favor do time da colina: adversários diretos derrotados, adversário na zona de rebaixamento, bom publico e retorno do goleiro titular. Porém, com as adaptações costumeiras de Jorginho não funcionando e o rodízio de faltas em Nenê, o Vasco perdeu deixando escapar a oportunidade de “ganhar gordura”, aumentando a vantagem na tabela.
Nesta ultima rodada contra o Londrina foi preciso um gol “sem querer” para garantir a vitoria. Com um adversário mais preocupado em bater do que em jogar, a equipe administrou o resultado com alguns lampejos de boas jogadas fez o suficiente para vencer.
Há uma série de coisas boas que podemos tirar proveito da perda da invencibilidade:
1) O “expresso da vitória” não foi superado por um elenco que não fez metade dos feitos do grande time da década de 1940 e inicio de 1950;
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FONTE: imortaisdofutebol.com |
3) Rodrigo deveria falar menos e jogar mais;
4) Uma hora as “invenções” de Jorginho não iriam dar certo. Já está manjada, por exemplo, a utilização de Jorge Henrique em diversas posições. O elenco possui muito mais transpiração do que inspiração… isto sempre pesa;
5) Reforços… o quanto antes. Se Rafael Vaz como zagueiro não inspirava confiança, o mesmo ocorre com Aislan e Jomar. No ataque Thales não desencanta e Leandrão não tem sequência, isso sem contar a falta de reservas para Andrezinho e Nenê no setor de criação.
Ainda não há motivo para desespero. O elenco é bem treinado, obediente taticamente e vive em sintonia com seus comandantes. Uma boa conversa, alinhada com a chegada de reforços, deve ajudar a resolver estes percalços. A estabilidade e a segurança apresentada nos últimos sete meses dão crédito, mas o alerta é preciso.
Que a carruagem não vire abóbora.
Sergio Henrique Homem