sexta-feira, 24 de junho de 2016

PARA NÃO VIRAR ABÓBORA



O Vasco da Gama é o grande clube do Brasil na serie B. Apesar das dificuldades, nem o mais pessimista dos torcedores acredita que o clube não irá retornar em 2017 para série A. Mas nas ultimas quatro rodadas o time foi derrotado em duas oportunidades, disparando o alerta para o restante da temporada.
Já faz um tempo que o time vem jogando com uma certa “preguiça”, achando que a hora que bem entender vencerá. Isso está notório desde o confronto de volta da Copa do Brasil contra o CRB, que por muito pouco não venceu em pleno Estádio de São Januário. A mesma preguiça compareceu em Cariacica, na derrota para o Atlético-GO.
Contra o Náutico foi a mesma a apatia. O adversário não esperou e buscou o jogo. Jogando em casa o Vasco só conseguiu se impor na segunda etapa, após ser “ajudado” pelo técnico Alexandre Gallo que tirou os dois jogadores (Bergson e Taiberson) que mais incomodavam. Desmontou seu ataque.
Ante o Payssandu, tudo conspirava a favor do time da colina: adversários diretos derrotados, adversário na zona de rebaixamento, bom publico e retorno do goleiro titular. Porém, com as adaptações costumeiras de Jorginho não funcionando e o rodízio de faltas em Nenê, o Vasco perdeu deixando escapar a oportunidade de “ganhar gordura”, aumentando a vantagem na tabela.

Nesta ultima rodada contra o Londrina foi preciso um gol “sem querer” para garantir a vitoria. Com um adversário mais preocupado em bater do que em jogar, a equipe administrou o resultado com alguns lampejos de boas jogadas fez o suficiente para vencer.
Há uma série de coisas boas que podemos tirar proveito da perda da invencibilidade:
 1)       O “expresso da vitória” não foi superado por um elenco que não fez metade dos feitos do grande time da década de 1940 e inicio de 1950;
FONTE: imortaisdofutebol.com
2) Está mais do que provado que Jordi ainda não tem competência para substituir Martin Silva;
3) Rodrigo deveria falar menos e jogar mais;
4) Uma hora as “invenções” de Jorginho não iriam dar certo. Já está manjada, por exemplo, a utilização de Jorge Henrique em diversas posições. O elenco possui muito mais transpiração do que inspiração… isto sempre pesa;
5) Reforços… o quanto antes. Se Rafael Vaz como zagueiro não inspirava confiança, o mesmo ocorre com Aislan e Jomar. No ataque Thales não desencanta e Leandrão não tem sequência, isso sem contar a falta de reservas para Andrezinho e Nenê no setor de criação.


Ainda não há motivo para desespero. O elenco é bem treinado, obediente taticamente e vive em sintonia com seus comandantes. Uma boa conversa, alinhada com a chegada de reforços, deve ajudar a resolver estes percalços. A estabilidade e a segurança apresentada nos últimos sete meses dão crédito, mas o alerta é preciso.
Que a carruagem não vire abóbora.

Sergio Henrique Homem







quarta-feira, 22 de junho de 2016

FAÇA O QUE EU DIGO NÃO O QUE EU FAÇO!



https://yndeedked.files.wordpress.com/2015/01/futeboldinheiro-nn.jpg
FONTE: https://yndeedked.files.wordpress.com
O futebol vive em um mundo paralelo. Muitas coisas que aceitamos ou fazemos igual  em nossa vida não são digeridas da mesma forma quando se trata da maior paixão do brasileiro. Não estou aqui para defender ninguém, apenas entendo que existem exageros e demagogias de todos os lados tentando compensar em muito mais do que 90 minutos de jogo as coisas  que movem o torcedor.

É comum vermos jornalistas questionando a contratação de parentes para cargos em nossos clubes. Entendo que desde que se tenha competência para exercer o cargo e não receba salários desproporcionais a função, a pessoa pode sim trabalhar com seus parentes sem a menor dor na consciência. Muitos dos que questionam este tipo de contratação “esquecem” que em diversas rádios e tvs temos filhos, irmãos, sobrinhos, netos, afilhados, maridos/esposas de renomados jornalistas, que mesmo sem ter muito talento estão ali trabalhando.
Não seria a mesma coisa? Se no clube não pode, por que nos órgãos de imprensa que tanto criticam tal atitude é aceita? Qual a diferença ?

Quando um clube vai mal na competição a culpa recai sempre nos ombros da mesma pessoa: o técnico. A diretoria em muitos casos demite o profissional com pouco tempo de trabalho sendo desenvolvido e recebe criticas de todos os lados da imprensa que considera um absurdo a mudança com pouco tempo de trabalho, que a culpa não é só dele, faltou planejamento, etc... Só que quando um programa não “decola” na audiência mudanças são feitas até que ele é retirado do ar sem os ouvintes/telespectadores receberem a menor satisfação. Por que não se teve a mesma paciência e planejamento que cobram dos clubes?

Jogador gosta de dinheiro, quem gosta do clube é o TORCEDOR. Sendo assim, não adianta criticar ou questionar o atleta de deseja trocar de clube por estar com uma proposta melhor em mãos, por ter uma queda de rendimento devido aos atrasos constantes de salário ou até mesmo por sair a noite ( pode não parecer, mas jogador tem e precisa de vida social sim!). Em nossas vidas quando recebemos uma excelente proposta para melhorar nossos rendimentos não pensamos em mudar ? Salário em dia não é bom? Claro ! todos queremos! E questionar o atleta que mesmo com atraso ele consegue viver bem é uma justificativa que não convence, pois “o combinado não sai caro” e isso deve ser respeitado.

De uma maneira geral todos nós queremos ter as regalias oferecidas pelo futebol, mas sendo cobrados na vida como se nada estivesse acontecendo. Criticar os outros é fácil e cômodo. É como diz aquele velho ditado: “faça o que digo e não que eu faço”.


                                                                                                  Sergio Henrique Homem