quarta-feira, 22 de junho de 2016

FAÇA O QUE EU DIGO NÃO O QUE EU FAÇO!



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FONTE: https://yndeedked.files.wordpress.com
O futebol vive em um mundo paralelo. Muitas coisas que aceitamos ou fazemos igual  em nossa vida não são digeridas da mesma forma quando se trata da maior paixão do brasileiro. Não estou aqui para defender ninguém, apenas entendo que existem exageros e demagogias de todos os lados tentando compensar em muito mais do que 90 minutos de jogo as coisas  que movem o torcedor.

É comum vermos jornalistas questionando a contratação de parentes para cargos em nossos clubes. Entendo que desde que se tenha competência para exercer o cargo e não receba salários desproporcionais a função, a pessoa pode sim trabalhar com seus parentes sem a menor dor na consciência. Muitos dos que questionam este tipo de contratação “esquecem” que em diversas rádios e tvs temos filhos, irmãos, sobrinhos, netos, afilhados, maridos/esposas de renomados jornalistas, que mesmo sem ter muito talento estão ali trabalhando.
Não seria a mesma coisa? Se no clube não pode, por que nos órgãos de imprensa que tanto criticam tal atitude é aceita? Qual a diferença ?

Quando um clube vai mal na competição a culpa recai sempre nos ombros da mesma pessoa: o técnico. A diretoria em muitos casos demite o profissional com pouco tempo de trabalho sendo desenvolvido e recebe criticas de todos os lados da imprensa que considera um absurdo a mudança com pouco tempo de trabalho, que a culpa não é só dele, faltou planejamento, etc... Só que quando um programa não “decola” na audiência mudanças são feitas até que ele é retirado do ar sem os ouvintes/telespectadores receberem a menor satisfação. Por que não se teve a mesma paciência e planejamento que cobram dos clubes?

Jogador gosta de dinheiro, quem gosta do clube é o TORCEDOR. Sendo assim, não adianta criticar ou questionar o atleta de deseja trocar de clube por estar com uma proposta melhor em mãos, por ter uma queda de rendimento devido aos atrasos constantes de salário ou até mesmo por sair a noite ( pode não parecer, mas jogador tem e precisa de vida social sim!). Em nossas vidas quando recebemos uma excelente proposta para melhorar nossos rendimentos não pensamos em mudar ? Salário em dia não é bom? Claro ! todos queremos! E questionar o atleta que mesmo com atraso ele consegue viver bem é uma justificativa que não convence, pois “o combinado não sai caro” e isso deve ser respeitado.

De uma maneira geral todos nós queremos ter as regalias oferecidas pelo futebol, mas sendo cobrados na vida como se nada estivesse acontecendo. Criticar os outros é fácil e cômodo. É como diz aquele velho ditado: “faça o que digo e não que eu faço”.


                                                                                                  Sergio Henrique Homem

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