Desde que foi reinaugurado, o Maracanã ( que eu prefiro chamar de "ex-maracanã") voltou a ter destaque na pauta dos
diversos noticiários esportivos do Brasil: a elitização dos estádios de
futebol, aonde em cada programa os comentaristas demonstraram toda sua indignação
para justificar a “idéia” de que os ingressos deveriam
sim custar valores cada vez maiores e exorbitantes e assim excluindo o povo, da
mesma forma que foi feito no inicio do século XX aonde apenas os ricos podiam
jogar e/ou freqüentar os estádios. A elitização em minha opinião é lamentável
por diversos motivos:
Nossa cultura e costumes são
diferentes do povo europeu. O poder aquisitivo do brasileiro é inferior, mas a
nossa paixão pelo futebol é infinitamente superior. Ao longo dos anos os
estádios pelo país se tornaram o local mais democrático. É claro que deve ser
feita uma divisão por setores, mas nunca exclusão total. Vale lembrar que
pessoas ricas e famosas por aqui não costumam freqüentar os jogos de futebol a
não ser quando recebem cortesias. 
Supostamente uma das maiores
interessadas são as redes de televisão (pagas e abertas). Mas vale lembrar que
nem todos têm a disponibilidade para pagar os valores exorbitantes que as
operadoras cobram. Assim como no caso das camisas de clubes, esta medida pode
acabar se tornando uma fonte inesgotável de renda para os famosos piratas que
vendem o sinal da TV por um preço quase que simbólico.
Como profissional de marketing eu
penso em uma forma de desenvolver outras formas de arrecadação e no caso do
futebol eu consigo falar com as diversas classes sociais. Por isso necessário
que os clubes desenvolvam: parcerias, licenciamentos, intercâmbios e
valorização das suas dependências para complementar o orçamento do clube.

A minha chateação com este tipo
de opinião é que o grupo de pessoas que mais será afetado é o que
costumeiramente acompanha o dia-a-dia do clube. Já existem outras formas de
entretenimento como o teatro e o cinema que já são caros e que acabam excluindo
pelos seus preços. Concordo que devam
existir locais mais caros, mas penso também que assim como o Carnaval (em suas
mais diversas manifestações pelo Brasil) o futebol é a forma mais democrática
de unir todas as classes sociais em um mesmo local e com o mesmo objetivo.
PAPO RETO COM O SERGINHO:
- O dinheiro que o Estado do Rio de Janeiro gastou em um pouco mais de 3 anos de obra só será recuperado, nos moldes do contrato atual, quando o consórcio estiver operando o estádio por cerca de 100 anos. Se isso não é lesar os cofres públicos, eu não sei de mais nada !
- Tem muito dirigente "almofadinha" que não está nem aí para o inflacionamento dos ingressos. Vale lembrar que os que pagam caro no ingresso são torcedores completamente diferentes daqueles que apoiam o time em toda e qualquer situação. Na hora que precisarem, adivinha para quem os mesmos irão apelar?
- Tem muito dirigente "almofadinha" que não está nem aí para o inflacionamento dos ingressos. Vale lembrar que os que pagam caro no ingresso são torcedores completamente diferentes daqueles que apoiam o time em toda e qualquer situação. Na hora que precisarem, adivinha para quem os mesmos irão apelar?