quinta-feira, 25 de julho de 2013

NÃO PARA A “ELITIZAÇÃO”

                                                         



                            
Desde que foi reinaugurado, o Maracanã ( que eu prefiro chamar de "ex-maracanã") voltou a ter destaque na pauta dos diversos noticiários esportivos do Brasil: a elitização dos estádios de futebol, aonde em cada programa os comentaristas demonstraram toda sua indignação para justificar a “idéia” de que os ingressos deveriam sim custar valores cada vez maiores e exorbitantes e assim excluindo o povo, da mesma forma que foi feito no inicio do século XX aonde apenas os ricos podiam jogar e/ou freqüentar os estádios. A elitização em minha opinião é lamentável por diversos motivos:

Nossa cultura e costumes são diferentes do povo europeu. O poder aquisitivo do brasileiro é inferior, mas a nossa paixão pelo futebol é infinitamente superior. Ao longo dos anos os estádios pelo país se tornaram o local mais democrático. É claro que deve ser feita uma divisão por setores, mas nunca exclusão total. Vale lembrar que pessoas ricas e famosas por aqui não costumam freqüentar os jogos de futebol a não ser quando recebem cortesias.                                                                          

Supostamente uma das maiores interessadas são as redes de televisão (pagas e abertas). Mas vale lembrar que nem todos têm a disponibilidade para pagar os valores exorbitantes que as operadoras cobram. Assim como no caso das camisas de clubes, esta medida pode acabar se tornando uma fonte inesgotável de renda para os famosos piratas que vendem o sinal da TV por um preço quase que simbólico.

Como profissional de marketing eu penso em uma forma de desenvolver outras formas de arrecadação e no caso do futebol eu consigo falar com as diversas classes sociais. Por isso necessário que os clubes desenvolvam: parcerias, licenciamentos, intercâmbios e valorização das suas dependências para complementar o orçamento do clube.
                         

A minha chateação com este tipo de opinião é que o grupo de pessoas que mais será afetado é o que costumeiramente acompanha o dia-a-dia do clube. Já existem outras formas de entretenimento como o teatro e o cinema que já são caros e que acabam excluindo pelos seus preços.  Concordo que devam existir locais mais caros, mas penso também que assim como o Carnaval (em suas mais diversas manifestações pelo Brasil) o futebol é a forma mais democrática de unir todas as classes sociais em um mesmo local e com o mesmo objetivo.


PAPO RETO COM O SERGINHO:


- O dinheiro que o Estado do Rio de Janeiro gastou em um pouco mais de 3 anos de obra só será recuperado, nos moldes do contrato atual, quando o consórcio estiver operando o estádio por cerca de 100 anos. Se isso não é lesar os cofres públicos, eu não sei de mais nada !


- Tem muito dirigente "almofadinha" que não está nem aí para o inflacionamento dos ingressos. Vale lembrar que os que pagam caro no ingresso são torcedores completamente diferentes daqueles que apoiam o time em toda e qualquer situação. Na hora que precisarem, adivinha para quem os mesmos irão apelar?




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