domingo, 20 de abril de 2014

OS OUTROS CLÁSSICOS DO BRASIL - “RE-PA”



                                fonte: www.soupapao.com

A rapaziada de hoje em dia pode até não sabe, mas em Belém, capital do Estado do Pará, existe a maior rivalidade do Norte e uma das maiores do Brasil: o clássico “RE-PA” disputado pelo Clube do Remo e o Paysandu Sport Club.

O "PAPÃO" DA CURUZU


                                fonte: www.paysandu.com.br
                                      
O Paysandu nasceu após uma briga interna do Norte Club, por conta  do resultado  de uma partida da Liga. O clube realizava uma boa campanha e precisava vencer o Guarany para forçar uma partida extra com o Grupo do Remo. Após o empate em 1 a 1, os integrantes do Norte Club, inconformados, solicitaram à Liga Paraense de Foot-Ball a anulação da partida, devido a diversas irregularidades que julgou improcedente o recurso. A decisão não agradou nem um pouco aos integrantes do Norte Club, que decidiram então criar um movimento, sob a liderança de Hugo Manoel de Abreu Leão, para a fundação de uma nova agremiação, mais forte, para poder enfrentar em igualdade de condições os seus adversários.  Em 02 de fevereiro de 1914 o Paysandu é fundado oficialmente.
O clube é conhecido pela expressão “Papão da Curuzu”, criada no ano de 1948 pelo jornalista Everardo Guilhon,. Em uma de suas crônicas, Guilhon explicou que quando era criança, sua mãe, ao botá-lo na cama, amedrontava-o, dizendo: “dorme logo, pois lá vem o bicho-papão!”. O jornalista associou esse fato à grande equipe que o Paysandu possuía na época que metia medo em seus adversários, escrevendo a seguinte manchete no jornal A Vanguarda: “Hoje treina o bicho-papão”. Não demorou muito para o apelido se familiarizar entre os torcedores. A mascote é representada por um lobo, vestindo o uniforme oficial do clube, segurando uma bola de futebol na mão esquerda e fazendo um sinal de “beleza” na mão direita.O Clube atualmente é o maior vencedor do estado com 45 campeonatos paranaenses, 2 brasileiros da série B e uma copa do campeões em sua vasta galeria de troféus. Além de uma boa campanha na Copa Libertadores da América de 2003. Entre os seus maiores ídolos nós temos:  Carlos Germano, Edil “Highlander”, “Robgol”, Iarley, Cacetão, Cacaio, Vandick, Vélber, Sandro Goiano, Quarentinha, etc. 


O “LEÃO AZUL” 


                               fonte: www.osgeraldinos.com.br

O clube nasceu Grupo de Remo, em 05 de fevereiro de 1905, surgiu em um momento de grandes transformações em Belém. Originalmente, o Leão nasceu voltado para a prática do remo, esporte muito praticado principalmente da elite paraense no início do século 20, fazendo com que a agremiação tornar-se a preferência clubística entre as famílias dos chamados “barões da borracha”.A capital paraense vivia um  período marcado por um intenso desenvolvimento da cidade graças às reformas que o prefeito Antônio Lemos, proporcionadas através da grande riqueza gerada pelo Ciclo da Borracha. Foi nessa época, mais precisamente em 1905, que sete rapazes (Victor Engelhard, Raul Engelhard, José Henrique Danin, Eduardo Cruz, Vasco Abreu, Eugênio Soares e Narciso Borges) tiveram a ideia de criar uma nova agremiação náutica, após desentendimentos com outros atletas do Sport Club do Pará, momentos antes da realização de uma regata, provocando a saída desses remadores. Os dissidentes logo ganharam força com o apoio de outros desportistas e fundaram no dia 5 de fevereiro de 1905 o Grupo do Remo. O nome foi sugestão de Raul Engelhard, adaptado de Rowing Club, um clube inglês que conheceu quando estudara na Europa. Em reunião da Assembléia Geral, realizada no dia 14 de fevereiro de 1908, A data de 15 de agosto foi escolhida para marcar a inauguração oficial do novo clube, como forma de prestar homenagem à adesão do Pará à Independência do Brasil. Em 1913 foi criado o departamento de futebol azulino na época em que o clube ainda era chamado de Grupo do Remo. O time foi sendo formado aos poucos com os concursos de atletas vindos de outros clubes, dentre eles o Sport Club do Pará e a União Sportiva, bicampeão estadual (1908 e 1910).
O clube possui 42 títulos estaduais, 1 série C do Campeonato Brasileiro,  1 Copa Norte-Nordeste, 3 copas Norte. Entre os seus maiores ídolos nós temos: Clemer (goleiro multi-campeão no S.C. Internacional), Giovanni, Véliz, Belterra, Chico Monte Alegre, Marquinhos Belém, Nelinho, Rosemiro,  Marinheiro, Rubilar entre outros.

O CLÁSSICO

 
                                         fonte: www.remo100porcento.com.br

O confronto também é conhecido como o Clássico Rei da Amazônia, já que envolve as duas maiores forças do futebol da Região Norte do Brasil. Provavelmente é o clássico mais disputado do futebol mundial com mais de 700 partidas realizadas. Além de terem as maiores torcidas da região, os jogos entre Remo e Paysandu são conhecidos e admirados pelos grandes públicos mesmo quando os times não atravessam boa fase.

Segundo dados do jornalista Ferreira da Costa, autor dos livros "A História do Clássico Re x Pa" e "Remo x Paysandu - O Clássico mais disputado do futebol mundial - 700 jogos", fornecidos ao jornal O Liberal em 2014 e atualizados a partir de então, o clássico tem as seguintes estatísticas gerais:
  • Jogos: 724
  • Vitórias do Remo: 252
  • Empates: 246
  • Vitórias do Paysandu: 226
  • Total de gols: 1 864
  • Gols do Remo: 935
  • Gols do Paysandu: 929
CURIOSIDADES

- Maior goleada do Paysandu: 7 a 0 em 26 de julho de 1945. Maior goleada do Remo: 7 a 2 em 1939;
- Maiores artilheiros do clássico: Hélio (Paysandu): 47 gols, Itaguary (Remo/Paysandu): 30 gols, Quarenta (Paysandu) e Cacetão (Paysandu): 28 gols, Bené (Paysandu): 26 gols, Quiba (Remo): 24 gols, Carlos Alberto (Paysandu): 23 gols, Jaime (Remo/Paysandu): 22 gols, Farias (Paysandu) e Jeju (Remo/Paysandu): 21 gols e Santo Antônio (Remo): 19 gols;

- Maior invencibilidade do Remo: 33 jogos, de 31 de janeiro de 1993 a 7 de maio de 1997. Maior invencibilidade do Paysandu: 13 jogos, de 29 de janeiro de 1970 a 9 de dezembro de 1970.









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