sexta-feira, 25 de julho de 2014

A MARCA DO GÊNIO

                                          
                                   
                                    FONTE: Revista PLACAR



Aproveitando a oportunidade que a Copa 2014 nos trouxe em relação a quem foi melhor no embate Pelé x Maradona, busquei em meus arquivos um texto que fiz sobre Pelé que foi genial dentro e fora das quatro linhas. E compartilho agora com os amigos.

Como jogador, incomparável e usando sua marca um verdadeiro show de competência e sucesso. O nosso Rei do futebol é um grande exemplo de que uma marca pode chegar à maturidade e mesmo assim se renovar e ser destaque por muitos, o que no seu caso já passa dos cinqüenta anos. Não existe produto ou marca que tenha dado tanto retorno como Pelé deu ao senhor Edson Arantes do Nascimento.
Além da habilidade com a bola, outros fatores que contribuíram para deixar a marca ainda mais forte e inabalável:

- Pelé é uma das figuras mais conhecida no mundo. Em uma pesquisa realizada, seu nome foi um dos mais lembrados, perdendo apenas para o Papa João Paulo II, o rei do Futebol é mais conhecido e famoso do que diversas celebridades e chefes de Estado espalhados pelo mundo. Ainda de acordo com o site da CEV[1][1]: “A International Advertising Association, arriscou-se a comunicá-lo que seu rosto é imbatível em número de aparições em peças publicitárias em todo o mundo, dando-lhe, informalmente, um atestado de “Garoto-Propaganda do Século””;

- Além de ser a pessoa mais conhecida no mundo, no Brasil a imagem de Pelé é associada a: saúde, sucesso, simpatia e riqueza de acordo com Paulo Nassar, diretor-executivo da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial;

- Devido sua fidelidade às marcas, Pelé sempre passou confiança as empresas que exploram sua imagem, que Quando vinculada a um produto existe um crescimento na vendas (segundo o instituto Datafolha. “A presença do Pelé em um filme publicitário alavanca o recall em no mínimo 20%”) e também o fato que ele sempre cumpriu seus contratos até o final;
 - O “Café Pelé” é uma das marcas mais vendidas na Rússia;
 - O “Brasil Econômico”[2] cita ainda dados do Corriere dello Sport, segundo o qual Pelé ganha US$ 18 milhões por ano emprestando sua imagem a produtos, na mesma faixa de Lionel Messi, da Argentina, e Kaká, que ainda jogam futebol.

Meus amigos fanáticos, se eu for ficar aqui falando de todos os benefícios que a marca Pelé agrega para a divulgação e venda de um produto, com certeza chegarei bem perto da marca do milésimo benefício que as empresas irão ter. Fica também o exemplo para os novos jogadores de: profissionalismo, respeito com os fãs e com os patrocinadores. Dentro e fora dos campos, Pelé é um gênio e isso não tem o que discutir.
  
PAPO RETO COM O SERGINHO

1)    Pelé é extraordinário em quase tudo, mas concordo com Romário quando ele disse que “ele calado é um poeta”;

2)  As duas únicas coisas que Pelé e Maradona tem em comum é o fato de terem renegado a paternidade e o fato de falarem merda. No restante Pelé é disparado melhor. Maradona fica uma "carreira" de distância.

3)  Sou fã do FUTEBOL argentino. Mas abomino os argentinos que fizeram insultos racistas ou xenofobia da mesma forma que não gosto do babaca daqui da região sul/sudeste que desrespeita o negro e o nordestino...




[1][2] www.brasileconomico.com.br




quarta-feira, 23 de julho de 2014

RECORDAR AINDA É VIVER


Os clubes brasileiros vivem um momento diferente. Com a escassez de grandes jogadores, promessas indo cada vez mais jovens para a Europa e a conseqüente queda de qualidade dos grandes times do Brasil, os torcedores cada vez mais se apegam ao passado de glórias e conquistas antigas dos clubes. Para reverenciar esse passado de títulos e ídolos, as Camisas “Retrô” se tornam a grande moda do momento.
Criando uma linha exclusiva de produtos para seus ídolos, que ainda se encontram vivos, o Botafogo F.R. saiu na frente e vem periodicamente homenageando seus craques do passado como: Nilton Santos (camisa recordista absoluta de vendas), Paulo César Caju, Jairzinho, Mendonça e mais recentemente Maurício (autor do gol do titulo estadual de 1989 depois de 21 anos de espera). Além do bom retorno financeiro, os novos alvinegros passam a ter uma referência maior sobre o passado do clube.
Alguns clubes e suas fornecedoras preferem fazer referencias a seus grandes times que foram montados na história. A nike fez isso com o C. R. Flamengo e o S.C. Corinthians e jogaram com camisas que levam os mais velhos a relembrar o seu passado recente, o primeiro usou o uniforme que homenageava o time de 1981 (auge do clube) e atualmente um modelo relacionado ao que o clube usou na década de 1970, já o segundo teve o lançamento da réplica da camisa de 1977 ( fim do jejum de títulos) e de outro modelo relacionado ao da década de 1980. No ano de seu centenário, o Atlético reeditou modelo de antigos uniformes e vem jogando com ele em diversas partidas no campeonato Brasileiro deste ano. 


 FONTE: globoesporte.com


Apenas para relembrar o passado, muitos clubes lançam as suas réplicas. O São Paulo possui um kit com os três modelos de camisas usados nas conquistas das duas Copas Toyota e no Mundial da FIFA. O Grêmio F.B.P.A. possui uma camisa que homenageia o time de 1983 e o C.R. Vasco da Gama possui diversas camisas entra elas, a que homenageia os times de 1948 e a replica da camisa que Pelé usou em alguns amistosos no clube em 1957. Já o Fluminense F.C. relançou na época de seu centenário o seu primeiro modelo de camisa que nada tinha haver com as atuais cores do clube.
Hoje temos também graças a internet como relembrar ou até mesmo conhecer grandes times de clubes estrangeiros. Em diversos sites você pode ver a réplica da camisa que Maradona usou no Napoli, a camisa do time do Ajax tri campeão da Europa, a camisa do Milan de Gullit e Marco van Basten , times Sul Americanos como River Plate, Boca Juniors e Peñarol tem suas camisas também facilmente encontradas alem das seleções como Brasil, Uruguai, EUA, Cuba, URSS , Argentina, etc. Eu só não sei esse elas são reconhecidas e licenciadas, a conferir.


A moda Retrô ganha uma força cada vez maior. O brasileiro sempre chamado de um povo de “memória curta” e que não reconhece seu passado, vem se interessando cada vez mais em resgatar os grandes momentos dos clubes e semeando assim nas novas gerações de torcedores uma esperança de que os bons tempos podem voltar, e assim manter vivo o amor pelos clubes por mais uma geração.


Uma ótima semana para todos.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

ENGOLE O CHORO !



Como não sou fã da nossa seleção de futebol (gosto, e muito, da confraternização com amigos e familiares durante os jogos. Do time faz tempo que não), consegui assistir ao passeio que a equipe levou ontem dos alemães. Confesso que desconfiava de uma vitória dos europeus até com certo conforto no placar, mas 7x1 foi vexatório e só não foi mais por que resolveram poupar os brasileiros de vergonha ainda maior. Mas vamos aos fatos: 2014 agora é passado e mais do que nunca é preciso pensar em 2018 (Rússia) em diante. Mais importante do que apagar o ridículo papel feito em casa é resgatar o futebol que já foi referencia para o mundo.

O QUE DEU ERRADO? 

- Ter ficado quase 3 anos com um técnico inexperiente e fraco como Mano Menezes certamente atrapalhou. O que não tira a responsabilidade dos dirigentes que marcavam inúmeros amistosos contra seleções fraquíssimas em troca de alguns dólares fazendo excursão pela Europa (tivemos mais jogos do Brasil em Londres do que em seu próprio país nos últimos anos);

- Jogadores extremamente mimados e desde cedo se achando craques fora de série. Comentários como “não tenho que prova mais nada para ninguém” de jogadores que mal começaram a carreira e tem no Maximo um ou dois títulos é preocupante. Tem também os que vem tendo mais destaques fora do que nas partidas de futebol como nos casos de Hulk (mais falado por conta de sua “bunda” do que por uma grande atuação) e Daniel Alves (Lembram muito mais dele no comercial de material esportivo e no caso da banana do que sequer acertando um cruzamento);

- Sou fã do Felipão, mas ter insistido com jogadores que não estavam rendendo como na Copa das Confederações e não ter dado oportunidade para jogadores como Miranda e Filipe Luis. Não soube também encontrar uma forma de fazer a bola chegar no Fred e nem conter o excessivo individualismo de Neymar. A “família Scolari” da vez prefere mais o choro do que a raça, maior técnica e vontade do que em 2002.

O QUE MELHORAR?

- Equipes de alto nível não são formadas em pouco tempo. Os alemães estão neste trabalho faz mais de 10 anos (contando divisões de base), os holandeses jogam juntos também um bom tempo. Até equipes como Chile, Colômbia e a surpreendente Costa Rica servem de exemplo para o Brasil daqui para a frente;

- Como disse o colega Rafael Carnevale, temos no país 12 novos estádios. Com isso é inadmissível aceitar que a seleção continue jogando fora do país sem a pressão do torcedor “apertando o saco” e cobrando um bom desempenho. Quando chegar as eliminatórias, já teremos um grupo mais acostumado a ser cobrado;

- Até como uma forma de tirar os profissionais daqui do comodismo e preguiça, seria muito bom para a seleção experimentar um técnico estrangeiro e renomado. Seria  o inicio da grande mudança que o nosso futebol tanto precisa.


Finalmente a realidade veio a tona. Não somos, isso faz tempo, a referencia de futebol de qualidade de outras épocas. São preciso mudanças sérias e profundas...Desde o fim do monopólio nas transmissões do futebol, preparação de técnicos/jogadores e principalmente na cabeça dos dirigentes. O futebol brasileiro está no fundo do posso e se nada for feito de verdade e com qualidade, para 2018 será ainda pior.




PAPO RETO COM O SERGINHO
                      
1) O mesmo cara que critica quem está vestido com a camisa da Argentina é o babaca que torceu contra o Brasil ontem por conta da camisa;

2) ALERTA LIGADO: Se os costarriquenhos: Bolaños, Campbel, Ruiz e Navas fossem atletas de times aqui do Brasil, certamente seriam craques das nossas competições;

3) CADA VEZ PIOR: Ainda temos fortes emoções pela frente... Semana que vem recomeçam os Campeonatos Brasileiros de Futebol. Certeza de muito mais sofrimento até o final do ano!
4) A torcida do Vasco da Gama já se livrou da fornecedora de material esportivo e agora faltando menos de um mês para eleger outro presidente está na contagem regressiva pela saída do ex-jogador do clube. Só espero que votem certo!!!
5) Mesmo com o jogo ganho bem antes do intervalo, a seleção alemã jogou serio e sem firulas e babaquices desnecessárias. Merecem e muito o título do mundial;


6)
E finalmente, depois de 64 anos, libertaram o anjo da guarda do Barbosa....


O Brasil não sabe perder

"Como explicar o inexplicável?". A pergunta a si mesmo de Júlio César durante a entrevista ao final do jogo deixa lacunas para que possamos pensar. Realmente foi inexplicável a derrota? Alguns vão começar a fazer milhares de teorias e outros irão dizer que os jogadores foram comprados. A verdade é que não houve nada disso. Perdemos na bola. Perdemos porque o nosso técnico Luiz Felipe Scolari foi superado pelo técnico alemão Joachim Low. Perdemos porque sentimos a pressão de estar perdendo uma semifinal em casa por 2 x 0 e não ter em campo nenhum jogador brilhante que pudesse mudar a história. A derrota veio porque tinha que vir. E talvez seja essa derrota nosso maior aprendizado.

O "apagão" brasileiro dentro de campo começou ainda no aquecimento. Ou melhor, durante a preleção, quando Felipão resolveu pela primeira vez ceder ao apelo popular e empurrar o time para frente contra a Alemanha. Ele foi teimoso em manter o esquema tático que usou durante toda a copa. Só se esqueceu que Bernard, por mais talentoso que seja, não chega nem perto da qualidade técnica e do peso que Neymar tem. Além disso, cometeu o mesmo erro que todos os técnicos brasileiros gostam de cometer: montou um time para jogar com e para um craque. Não estou desmerecendo nenhum jogador brasileiro. Acredito na qualidade de cada um deles, embora muito jovens. Mas não foi isso que foi pensado para esse time. Montamos um time com a seguinte premissa: na pior das situações temos Neymar. Ontem não tínhamos Neymar.

Todas as seleções que enfrentaram a Alemanha nesta Copa do Mundo jogaram recuadas, conhecendo o potencial do time bem entrosado de Joachim Low. Apenas duas exceções: Portugal e Brasil. Ambas com o mesmo erro. Ambos os times montados para seus craques.

A Alemanha tem um futebol de superação e de entrega. Seus jogadores, por mais que sejam habilidosos, não jogam para um craque. Eles jogam para um grupo. Fazem o que deveríamos ter feito. Tocam a bola, pensam e são decisivos como grupo e não individualmente.

Felipão achou que conseguiria surpreender o time adversário escalando Bernard para jogar nas costas dos laterais alemães e saindo com velocidade, mas perdeu o jogo e foi humilhado porque perdeu o meio campo para o time mais entrosado e mais bem montado, taticamente. Se começasse o jogo com Paulinho, Willian ou Ramires, suas chances seriam evidentemente maiores. Talvez perdêssemos, talvez a torcida reclamasse que o time se acuou, mas teríamos ao menos uma chance de conseguir encaixar uma boa bola ou de resolver na angustiante disputa de pênaltis.

Para agravar a nossa triste situação, temos uma seleção brasileira que não está acostumada a jogar em casa. Não está habituada a ser cobrada. Nossos jogadores não atuam aqui, todos jogam fora do país. Podemos excetuar aí o atacante Fred, mais cobrado entre todos. Mas Fred é o protagonista do Fluminense e tem a torcida quase sempre ao seu lado.

Fred, por sua vez, não tem tanta culpa quanto parece. O que o jogador apresentou na Copa do Mundo foi muito similar ao que apresentou na Copa das Confederações. O problema foi que o time jogou diferente e não conseguiu dar ao atacante as oportunidades de gol. Não penso que ele seja o melhor dos centroavantes mas não temos ninguém melhor do que ele para essa posição no momento. O futebol brasileiro deixou de produzir atacantes de qualidade, se adequando ao estilo europeu de caneleiros que sabem colocar a bola para dentro.

Desde sempre temos a certeza apenas de uma coisa. Não sabemos perder. Nós, brasileiros, buscamos sempre uma desculpa, uma possível explicação ou um culpado para justificar as nossas derrotas em tudo. Se não temos uma boa política, a culpa é da ditadura. Se não somos uma nação desenvolvida, a culpa é dos portugueses. Sempre nos isentamos das responsabilidades. O problema é que, depois de ontem, com o 7 x 1 alemão no Mineirão, não é possível encontrar nenhuma explicação. Estamos órfãos de algum culpado. O árbitro não foi ordinário e não foi responsável por nenhum dos gols do adversário. Não tivemos nenhum gol ou lance de pênalti ignorado pela arbitragem. E mesmo que tivéssemos, não teria mudado em nada o resultado final do jogo.

Perdemos. Fomos humilhados. Mas não temos ninguém a culpar e não temos como explicar. A explicação, na verdade, é a mais dura possível. Precisamos trabalhar mais. Precisamos de mais entrega, precisamos melhorar o nível do nosso futebol. Nossos clubes atolados em dívidas só pensam em criar jogadores para vender para a Ucrânia, para a Arábia, para a Rússia, o Japão. Não temos mais um futebol forte.

Por um lado foi boa essa derrota. Aprendemos que temos que resolver na bola e temos que ser humildes. Isentamos agora Barbosa e outros tantos que sofreram em 1950. Eles perderam, assim como esses de agora perderam, porque no futebol alguém tem que perder.

Rapidinhas:
  • É com pesar que ontem vi torcedores rubro-negros celebrando a vitória da Alemanha. Esses justificam que torceram porque a camisa era vermelho e preta e era uma homenagem (Marketing) ao Flamengo. Desculpa mas acho tão mesquinho isso que não muito a dizer...
  • Felipão ser demitido não muda nada. A ideia de continuidade nessa seleção era para ser mais importante. Felipão está longe de ser um técnico ruim. Ontem não teve um bom dia e não escalou bem. Acredito que quem vier deve ficar a frente desse time até o final da próxima copa.
  • Uma copa no Brasil sem a seleção jogando no Maracanã é algo simplesmente ridículo. Demonstro minha revolta pela organização não ter colocado um dos jogos da primeira fase dentro do Maracanã.
  • Não adianta agora montar uma seleção para ficar fazendo excursão na Europa, na África ou nos Estados Unidos. Temos 12 estádios belíssimos para serem utilizados. Espero sinceramente que nossos dirigentes aproximem de vez essa seleção de seu povo e tragam os amistosos preparatórios para cá e os jogos das eliminatórias de copa para o Maracanã também (duvido muito!!)