terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

OS OUTROS CLÁSSICOS DO BRASIL: “BA-GUA”




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FONTE: rsesporte.com



O clássico que é disputado pelas equipes do Grêmio Esportivo Bagé contra o Guarany Futebol Clube. Ambos os clubes ficam na cidade de Bagé, interior do Rio Grande do Sul. A denominaçãoBa-Gua” foi dada anos mais tarde do primeiro confronto, pelo jornalista bageense Mário Nogueira Lopes, quando de um clássico de basquetebol disputado pelos dois clubes, mas acabou transcendendo para o futebol.

A CIDADE DE BAGÉ


Bagé é um município da Microrregião da Campanha Meridional, na Mesorregião do Sudoeste Rio-grandense, no estado do Rio Grande do Sul, no Brasil. Localiza-se próximo ao Rio Camaquã. Sua economia é baseada na agricultura,pecuária e no comércio local. Possui duas universidades particulares. A cidade faz fronteira com o Uruguai.



JALDE-NEGRO

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Fonte: ilusionando.wordpress.com
O Grêmio Esportivo Bagé foi fundado em 1920. Em 1925 foi Campeão Gaúcho, de forma invicta, numa final contra o Grêmio Porto-Alegrense, no Estádio da Baixada, em Porto Alegre. O clube foi campeão da Copa Governador do Estado do Rio Grande do Sul em 1974.
E em mais três oportunidades, campeão do Campeonato Gaúcho de Futebol - Segunda Divisão: 1964, 1982 e 1985, sendo vice-campeão desta competição em 1993.
Conquistou também o título de Campeão do Interior do Rio Grande do Sul em seis oportunidades, nos anos de 1925, 1927, 1928, 1940, 1944 e 1957.Em termos de finais de Campeonato Gaúcho, o Bagé participou seis vezes, sendo campeão em 1925 e vice-campeão nos anos de 1927, 1928, 1940, 1944 e 1957.
Proprietário do Estádio Pedra Moura. Inaugurado em 1920 e com capacidade para 10 mil torcedores.

VETERANO  BAJEENSE 
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Fonte: youtube Torcida Indio Guerreiro


O Guarany foi fundado no dia 19 de abril de 1907, por onze pessoas na Praça de Matriz.. É a unica equipe do interior gaúcho a conquistar duas vezes o  título de campeão gaúcho: 1920 e 1938. Além destes títulos, o alvirrubro  conquistou também: 2 série B, 2 série C, 5 campeonatos do interior e  28 campeonatos Citadinos.
A equipe manda os seus jogos no Estádio Estrela D’alva , o qual é proprietário, com capacidade para 10 mil torcedores.


CONFRONTOS

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Fonte: RCC FM 


Já foram realizados 425 clássicos, desde 1921, com 156 vitórias do Guarany, 123 empates e 146 vitórias do Bagé. O Guarany marcou 512 gols, enquanto o Bagé anotou 490. O primeiro clássico ocorreu no dia 31 de julho de 1921. Maior vitória do Bagé: 7-0, em 1949. Maior vitória do Guarany: 6-0 em 1943.

CURIOSIDADES DO CLÁSSICO

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O Ba-Gua é o clássico com o maior número de partidas no futebol gaúcho: 425 confrontos;
- Maior série invicta: Bagé, 17 jogos entre 1939 e 1941.
- As primeiras camisetas utilizadas pelo Guarany pertenciam ao Nacional de Montevidéu, trazidas pelo fundador alvirrubro Carlos Garrastazu, que havia atuado pelo clube uruguaio;

- Guarany foi o primeiro clube gaúcho a jogar no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, contra o River Plate;
- Dois ex-jogadores do Guarany já disputaram a Copa do Mundo: Martim Silveira, em 1934 e 1938, e Branco, em 1986,1990 e 1994.



                                                                                         Sergio Henrique Homem ( SERGINHO) 

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

NATAL CHINÊS

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Fonte: O GLOBO


E finalmente chegou o “presente de natal” em São Januário ! Como quase tudo que se compra na China demora até 3 meses para chegar, Luis Fabiano acaba de ser oficialmente anunciado pelo Vasco da Gama.  Atacante experiente com passagens por  seleção brasileira, clubes europeus e recentemente no emergente e multimilionário futebol chinês. Mas o que a torcida pode esperar do jogador?

Historicamente o seu destempero é seu maior adversário. Entra facilmente em pilha e por este motivo é um dos atacantes que mais vezes é expulso do futebol brasileiro. 
Se chegar motivado e for tratado como craque, eu o vejo como bom jogador e bem longe de ser craque, provavelmente irá render bastante. Vale lembrar que apesar dos seus 36 anos, ele pode e deve ter muita “lenha para queimar” no atual futebol Brasileiro vide Jogadores como Ricardo Oliveira, Nenê e Zé Roberto ainda jogarem em alto nível por aqui.

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FONTE: Mulheres em Campo

Bom no jogo aéreo e nas finalizações de curta distância, o “Fabuloso” tem a fama de ser pouco decisivo nos grandes jogos e terá a oportunidade no Rio de Janeiro de acabar com este tabu. Luis Fabiano está indo jogar em um clube com muita tradição em ter artilheiros ( Romário, Edmundo, Dinamite, Luisão ,etc...) a cobrança é grande para os que não dão o seu máximo em campo. Chegando bem fisicamente e com a melhora da qualidade do elenco que iniciou a temporada, o torcedor Vascaíno começa a sonhar com uma honrosa classificação no campeonato Brasileiro.


PAPO RETO COM O SERGINHO


1)     NÃO ADIANTA COMEMORAR: Se Luis Fabiano mantiver a frequência nas expulsões como na época de São Paulo, o torcedor vascaíno terá constantemente a presença de Thales nos jogos;
2)     Para o time ficar ainda mais competitivo, faltam dois zagueiros, um lateral esquerdo e um técnico...
3)     Com a chegada de Gilberto para a lateral, a pergunta é: Quando Madson vai embora ?
4)     Não se pode questionar Rodrigo e Luan quando seus reservas são: Jomar e Rafael Marques,
5)   O que faz Escudero, a "lembrancinha de natal", no Vasco?



Sergio Henrique de Oliveira Homem (Serginho)

Top 5 - Microfones abertos e as gafes dos jogadores de futebol



A relação entre jogadores de futebol e microfones abertos podem produzir gols mais espetaculares do que os tentos feitos com a bola rolando. O Turma da Arquibancada separou alguns lances para o seu deleite.

Confiram o nosso Top 5 das gafes ao microfone (Cliquem nos nomes dos artistas para observarem as respectivas obras):

Menções honrosas:
Marinho (Ceará) 
Joel Santana (Botafogo)

5º Lugar – Eron (Atlético-MG)
4º Lugar – Andres “Escobar” Manga (Vasco)
3º Lugar –  Val Baiano (Flamengo)
2º Lugar – Marcinho (Grêmio)

1º Lugar – Gil (Cruzeiro) 

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

O goleiro não pode falhar


“Eu vou lhe avisar/ o goleiro não pode falhar”, já advertiam sabiamente os primeiros versos de “Goleiro (Eu vou lhe avisar)”, de autoria do malemolente Jorge Ben Jor. E por qual motivo esse homem não pode falhar? Ele é o homem que mais pode influenciar no resultado final de uma partida. É o único que faz com que suas mãos virem armas na batalha campal das quatro linhas. Muitos podem argumentar que o atacante tem esse mesmo poder. Errado. Muitas coisas acontecem nos cento e cinco metros que separam um gol do outro. Uma saída errada do gol, uma rebatida para a frente e um passe equivocado nos pés do atacante adversário podem ser determinantes para um resultado negativo. No entanto, o arqueiro também pode ser o responsável por defesas miraculosas que acabam por fazer com que o torcedor o canonize em vida. Principalmente se as defesas valerem títulos ou vitórias com valor de caneco.
A posição de número um dos escretes canarinhos já geraram muitas polêmicas no passado. Homens foram demonizados por lances decisivos (Barbosa/1950 e Júlio Cesar/2010) e criticados impiedosamente por suposta deficiência técnica para ocupar o posto (Félix/1970 e Valdir Peres/1982). E a impressão é que o período que veio após a Copa da França deixou muito mais dúvidas do que certezas. Talvez essas dúvidas pudessem ser dissipadas se Jefferson, do Botafogo, não tivesse sido preterido por tempo entre os selecionáveis. Ou mesmo se Bruno, ex-Flamengo, tivesse se confirmado como o grande jogador que era em seu clube.
Recentemente eu perguntei nas redes sociais qual teria sido o melhor goleiro brasileiro que meus convivas tinham visto em ação. O resultado obviamente excluiu da lista final a figuração efetiva de nomes históricos como Marcos Carneiro de Mendonça, Gilmar dos Santos, Barbosa e outros atuantes entre as décadas de 40 e a primeira metade dos anos 60. Alguns deixaram que a paixão clubística gritasse em suas avaliações. Outros preferiram praticar o esporte predileto do brasileiro, a chacota, e incluíram nomes improváveis como Silvio Luiz (ex-São Caetano e Vasco), Maisena (ex-São Paulo e Internacional) e o folclórico Juca Baleia (ex-Sampaio Correia).
Nomes expressivos como Marcos, Raul Plassman, Paulo Victor(ex-Fluminense), Paulo Sérgio (ex-Botafogo, Vasco, América e Seleção Brasileira de Futebol de Areia), Manga, Dida, Zetti, Leão também figuraram na votação informal. Todos eles têm um valor especial para a evolução de qualidade da posição e merecerão uma análise mais detalhada em um futuro próximo.
Depois de muitos palpites, o resultado não poderia ter sido, na minha opinião, mais justo do que foi. Quarenta por cento das pessoas opinantes cravaram Claudio André Taffarel como o melhor goleiro que viram em ação. Taffarel atuou pela seleção brasileira de 1988 a 1998, tendo sido o recordista absoluto em sua posição, com 123 atuações pelo selecionado. Fora o número de jogos, o goleiro também foi decisivo na conquista do tetracampeonato e em momentos-chave de torneios sub-20, Copas América e as outras duas participações como titular nas Copas do Mundo de 1990 e 1998. Apesar de ter sido conhecido como um grande pegador de pênaltis, a principal característica de Taffarel sempre foi a excelente colocação e a frieza embaixo das traves ( Defesas de Taffarel ), fazendo com que dificilmente ele fosse exigido a ponto de se esforçar ao extremo para fazer suas defesas. Plasticidade só em casos de extrema necessidade.
Também há o fato de que o defensor gaúcho foi o primeiro goleiro a transpor a fronteira europeia (jogou no Parma, no Reggina e no Galatasaray) e a ter sua importância reconhecida como um dos maiores de todos os tempos (a IFFHS o colocou como o décimo maior goleiro da história). Além disso, ele ainda tem seu prestígio conservado em alta conta pelos clubes brasileiros onde atuou, como Internacional e Atlético-MG, sendo inclusive considerado como um dos maiores ídolos do colorado gaúcho.
          Colocadas todas as honrarias e conquistas, fica parecendo que Taffarel só colheu glórias do futebol. A tarde de 25 de julho de 1993 desmente completamente a impressão de que o goleiro só teve momentos felizes na seleção. Nesse exato dia, o arqueiro viu a seleção perder a invencibilidade em eliminatórias de Copa do Mundo e ainda fez um gol contra para a Bolívia, que venceu por 2 a 0 naquela ocasião. E há uma listagem de outras falhas (Vejam Falhas de Taffarel ), provando que até mesmo os grandes goleiros, discordando do grande Jorge Ben Jor, podem errar de vez em quando. Só de vez em quando.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

"Futebol Acromático"


No ano de 1982, o Internacional-RS tinha em seu plantel um meia muito talentoso chamado Cléo. Acreditando que o país exibia uma aura que tendia à liberdade, o atleta deu uma corajosa entrevista para a Revista Placar, dizendo que tivera relações homossexuais assumidas e tranquilas.
Quando deu a declaração, o jogador já estava vendido para o Barcelona. A notícia caiu como uma bomba na Espanha. Cléo acabou atuando apenas três meses pela equipe da Catalunha, logo cedendo sua vaga de estrangeiro a um certo Diego Armando Maradona.
O meia passou a ser avaliado mais pela sexualidade do que pela habilidade com a bola. Em julho de 1982, o jogador já dava mostras de ter se arrependido de mostrar sua vida pessoal. “Quero que essa história de homossexualismo caia logo no esquecimento”, disse Cléo, na ocasião de uma recusa de entrevista para a Revista Playboy. A história jamais caiu no ostracismo. Além de ter recebido o maldoso apelido de Farah Fawcett (uma renomada atriz da época), entradas ríspidas e demais provocações passaram a ser parte do cardápio de suas jornadas nas quatro linhas. O resultado é que a carreira só durou até os 28 anos, quando ele a encerrou por conta de uma lesão no joelho.
Outro caso mais recente é do versátil Richarlyson, revelado pelo Ituano e consagrado pelo São Paulo, o meia/volante/lateral também passou por agruras semelhantes por conta de sua suposta orientação sexual. No entanto, no caso de Ricky, não foi ele que revelou qualquer detalhe íntimo.
No dia 26 de julho de 2007, o diretor palmeirense José Cyrillo Júnior, em um programa televisivo com o apresentador Milton Neves deu a entender que Richarlyson era um jogador que ainda não havia assumido sua homossexualidade. Atitude que rendeu um processo para Cyrillo e muitas perseguições para Richarlyson. Perseguições que incluíram a recusa de uma organizada tricolor em gritar o nome do jogador antes dos jogos. E a mesma rejeição voltou a acontecer no Atlético-MG.
O último time de Richarlyson foi o FC Goa, da India, treinado por Zico. Apesar de ele ter colocado o interesse de clubes dos principais torneios, o atleta segue sem destino definido para 2017. A única certeza é que Ricky seguirá ouvindo desaforos no mundo homofóbico do futebol.
Na contramão de toda essa barbárie, o futebol espanhol, em dezembro de 2016, através de quatorze clubes, manifestou toda a sua solidariedade aos grupos gays e fez uma campanha contra a homofobia. Capitães de clubes como Sevilla, Eibar, Leganés, Granada, Espanyol e Las Palmas portaram braçadeiras com as cores do arco-íris para representar a causa. É uma gota de água no meio desse deserto de preconceito, mas vale muito a intenção de aliviar o calor da ignorância.
   Recentemente, o presidente Eurico Miranda, do Vasco da Gama, deu uma entrevista polêmica para Antônia Fontenelle. Entre outros depoimentos pirotécnicos, o mandatário vascaíno afirmou que “futebol é coisa de homem” e não deve ser apitado por gays.
Lembramos ao presidente cruzmaltino que o Vasco foi o clube que abriu as portas para as minorias em 1923. Nunca discriminou ninguém. As afirmações de Eurico são contrárias ao conceito de um esporte que tem a função de integrar. Os gays, as mulheres e quem mais quiser podem e devem praticar qualquer função no meio futebolístico. Essas colocações é que afastam os jogadores profissionais da ideia de se revelarem em meio essencialmente machista e discriminatório. Apenas oito jogadores foram capazes de assumir publicamente. E nem todos acabaram bem suas jornadas. Outros têm receio de passarem pelo mesmo calvário que Cléo e Richarlyson.