Imaginem
que um sujeito chegasse e apregoasse aos quatro ventos que uma roda quadrada,
entre outras três rodas, daria um maior desempenho a um carro. Muitos teriam
bom senso imediato e repudiariam a novidade. E teríamos outros que gostariam de
ver a novidade praticada só pelo prazer de observar o novo.
Na
Arena Condá, em Chapecó, o treinador Milton Mendes colocou duas rodas quadradas
no carro chamado Vasco. Uma na parte dianteira; outra, na traseira. Alan
Cardoso e Nenê atenderam por essas anomalias na estrutura do automóvel. Ambos foram escalados fora de suas
posições. Com o descanso de Luis Fabiano, o técnico optou por dar a missão de
finalizar e de ser o homem do comando do ataque a Nenê. Mendes justificou com o
argumento de que desejava que Nenê prendesse a bola no ataque. E não seria para
finalizar e dar mais qualidade? Posto como meia, o jovem Alan Cardoso foi designado
para fechar o corredor esquerdo e revezar com Henrique no apoio. Falhou miseravelmente e foi substituído aos
22 minutos do primeiro tempo. Saiu revoltado, mas o certo seria nem ter entrado
nesse jogo. Culpa do jogador? Não, erro único e exclusivo do comandante.
O
Vasco atua de forma diferente conforme o campo em que joga. Deixa para ser
grande quando está em São Januário e se apequena quando se aventura por outras
praças. Mesmo quando teve o empate contra a Chapecoense, o Vasco não ameaçou
efetivamente o adversário. A igualdade foi um acidente. O time perde os jogos
porque deixa de agredir e se comporta como o sparring do boxe. E mesmo adotando
um esquema defensivo, os jogadores de combate vascaínos marcam bolas cruzadas,
cercam e não travam chutes e cometem pênaltis desnecessários. Paulão e Jean
foram exemplos de mera observação nos gols da Chapecoense.
Quando enfrentou o Corinthians, três
jogadores marcavam um cruzamento de Guilherme Arana. Enquanto isso, três
atletas encontravam-se em condições de finalizar no gol de Martin Silva. Erros
que se repetem a cada jogo.
É preciso que o treinador padrão FIFA deixe
as rodas quadradas de lado e queira a certeza do que é redondo. É preciso ter
vontade de vencer para ganhar. Contra Golias, Davi jamais teria a ousadia da
pedra se tivesse a cabeça povoada por volantes.
Minha dúvida é:será que esse elenco do Vasco tem condições de voltar da série B do ano que vem? 😂
ResponderExcluirVer os jogos em que o Vasco atua fora de casa é assistir TV com estática colorida.
ExcluirO técnico errou feio na escalação. Deveria ter colocado um centroavante fixo mesmo este sendo o Thales e dar maior mobilidade no meio sem escalar o jovem Alan.
ResponderExcluirCirúrgico
ResponderExcluir_Aqui em Minas o treinador seria chamado de Professor Pardal, como tantos outros que já passaram por aqui.
ResponderExcluir*também seria...
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