Apesar dos quatro níveis
do curso da Uefa de Milton Mendes, o Vasco sofre derrotas porque erra na
marcação no nível mais básico do futebol de várzea. Todos marcam a bola em uma
situação de cruzamento. Não estando no confronto do atleta que tem a bola, o jogador
mais peladeiro tem a consciência de que o olhar dele deve estar preso aos olhos
e ao corpo de seu adversário. São equívocos de fundamento que podem ser
corrigidos com treinamento voltado para a deficiência.
No lance do primeiro gol
botafoguense, enquanto Bruno Silva se preparava para alçar a bola na área, três
jogadores do Vasco apreciavam a movimentação do alvinegro. E quando aconteceu o
cruzamento, Paulão e Breno eram os responsáveis por interceptar a bola e marcar
os finalizadores. Apenas Roger se colocou no caminho da bola. Breno não marcava
ninguém e só admirava a bola. Paulão ficou olhando Roger avançar porque se
distraiu com a bola no ar. Resultado: Roger passou no meio dos dois zagueiros e
desviou para o gol de Martin Silva. Falha grave.
O segundo tento do
Botafogo surgiu em jogada de falta. João Paulo rolou, e Victor Luis acertou um
petardo no ângulo esquerdo de Martin Silva. Sem chances para o goleiro. Uma constatação:
a barreira vascaína abriu completamente e possibilitou a trajetória da bola,
que passou no vão entre o segundo e terceiro homem, da esquerda para a direita.
Ou seja, era só cumprir o que se espera de uma barreira.
E o terceiro gol do clube
da Estrela Solitária trouxe novamente a observação da bola. Enquanto a bola
viajava, após enfiada de João Paulo, três jogadores vascaínos observavam o
itinerário da pelota. Um deles fez o corte para o meio da área, onde Roger,
completamente desmarcado, com um Paulão à certa distância, esperava para
disparar e confirmar a vitória elástica e sem contestações do Botafogo.
O Vasco sofreu vinte gols
em nove jogos, obtendo uma média de 2,22 gols/partida. A média do Brasileirão
2017 é de 2,48. A defesa cruzmaltina têm ajudado muito na boa condução desse
quadro. O time de São Januário somente não sofreu gols na partida diante do
Avaí. Embora a defesa vascaína tenha tentado colaborar, o time catarinense não
fez o suficiente para que esse feito fosse obtido. E o que assusta mais é a
fala de Milton Mendes, que insiste em dizer que a defesa do Vasco não possui
esse grau de inferioridade com relação às outras do torneio. O treinador chegou
a negar que seus comandados tivessem a marca de pior defesa do campeonato. Os
números não mentem. Sr. Mendes. É preciso assumir os pecados para buscar o céu.
Lição que aprendi com o MM:nunca escalar zagueiros do vasco no cartola 😂😂😂
ResponderExcluirSempre disse isso: o sistema defensivo do Vasco (arame sem farpa)faz a alegria do ataque adversário.
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