Apesar de ser uma
promessa de atalho para a fama e a resolução financeira, o futebol presenteia
poucos com essa dádiva. O caminho até a realização de se tornar um atleta
renomado leva alguns sóis e privações. Alguns se perdem no meio do caminho. E o
problema maior é a caminhada até o topo. Eles precisam ser lembrados
diariamente de que não foram as noitadas que deram vitrine a eles, mas sim a
bola. E a bola, tadinha, anda tão solitária nos dias de hoje. Não basta somente
talento para se firmar como um homem das quatro linhas. A disciplina é a maior
arte que um jogador pode desenvolver ao longo de uma carreira. Um Leonardo e um
Raí costumam durar bem mais que um Ronaldinho Gaúcho. A jornada no esporte dura
o tempo do cuidado com a ferramenta de trabalho, o corpo. Tem Zé Roberto e
Adriano para, respectivamente, o positivo e para o negativo. O futebol é
pródigo em dar com uma mão e retirar com a outra. Todo ano aparecem Zezinhos,
Bernardos, Valdirans e Walters, e eles vão desaparecendo de uma forma
agonizante, triste. É muito fácil fazer o caminho de volta do Maracanã para a
presença VIP no torneio de várzea.
A bola da vez é Luiz
Ricardo Alves ou simplesmente Sassá. Jogador atuante pelo Botafogo, onde se
formou e jogou a maior parte de sua carreira de meia década. O atleta estreou
pelo clube da estrela solitária no ano de 2012. Sem conseguir se firmar em seu
clube de origem, o atleta foi emprestado para o Oeste e para o Náutico, onde
começou a ter um certo destaque quando converteu nove gols pela série B do
Brasileirão. No entanto, Sassá só conheceu o sucesso com a camisa do Botafogo
em 2016, quando se tornou artilheiro. E foi aí que as polêmicas começaram a dar
as caras. Teve destempero fora de campo com torcedores, encrenca com Airton em
campo (que acabou com a expulsão do volante), acidentes de trânsito, atrasos e
ostentação com maços de dinheiro na internet.
Em janeiro, o Botafogo
decidiu retirar o jogador da lista para a disputa para a Libertadores 2017, o
torneio mais importante a ser disputado pelo clube, e colocá-lo na geladeira. O
motivo seria o conjunto de indisciplinas que o jogador não consegue frear. E
decerto ainda deve existir mais questões que o clube, para preservar um
patrimônio, decidiu não trazer ao conhecimento do público. Ainda assim, meses
mais tarde, o clube voltou a dar oportunidade a Sassá.
A nova situação de atrito
se deu por um desentendimento na renovação de contrato do atacante. O clube
considerou estratosférico o valor pedido por Sassá. A resposta do jogador foi um novo atraso – que
o deixou fora da partida contra o Grêmio - e uma foto controversa com Rodinei,
do Flamengo, na balada.
Sassá tem contrato até
dezembro de 2017 com o clube de General Severiano, o que possibilitaria que ele
assinasse um pré-contrato com outro clube a partir de julho desse ano. O
Botafogo já começa a pensar em negociar o atleta agora. Seria um negócio lógico
dentro dos problemas que o atleta vem causando e da previsível decadência que as
atitudes negativas e sistemáticas causam a um profissional do futebol. Um dos
interessados seria o poderoso Palmeiras.
Quanto ao que diz
respeito às questões técnicas, o atacante é oportunista e podia ser uma opção
para dar mais mobilidade ao ataque do Botafogo, que fica engessado com Roger.
Sassá não é craque, mas seria útil. Muito provavelmente não crescerá mais do
que seu 1,74m. O que vimos em 2016 e em parte de 2017 talvez seja seu auge como
atleta. E era preciso que alguém o lembrasse que todo ano aparecem Zezinhos,
Bernardos, Valdirans e Walters, e eles vão desaparecendo de uma forma
agonizante, triste...
_E o Cruzeiro querendo trazê-lo... Deus me livre!!!
ResponderExcluirFernando, eu acho que é o Palmeiras que vai cair nesse canto de sereia.
ExcluirSassá, Jobson... . O Botafogo F. R., desde Garrincha, atrai algum anjo das pernas tortas ou atletas da pá virada.
ResponderExcluirSassá, Jobson... . O Botafogo F. R., desde Garrincha, atrai algum anjo das pernas tortas ou atletas da pá virada.
ResponderExcluirhahahaha. Muito bom!
Excluir