segunda-feira, 29 de maio de 2017

Vasco, o novo Lazaro?



O Vasco da quinzena de maio é bem melhor que o Vasco do Campeonato Carioca. Observe que a questão do tempo está bem em evidência por aqui. E por qual motivo? Sabemos que, apesar do esforço e do padrão fornecido pela direção operária de Milton Mendes, o time vascaíno não é um daqueles que são cantados de cabo a rabo pelo mais desinteressado torcedor. O mais pessimista já começa a olhar pelo canto do olho e apostar às escondidas no cruzmaltino naquele bolão da empresa. O fato é que o time melhorou. Com o fator casa, conseguiu duas vitórias muito suadas contra o Bahia e o Fluminense (que por sinal tinha uma campanha 100% e exibe um futebol competitivo). O teste real será quando enfrentar um adversário de peso em seus domínios, uma vez que toda estrutura rachada e carcomida começou a fazer água na primeira rodada, contra o Palmeiras.
Flávio Gomes, da Fox Sports, declarou sabiamente que não há motivo para que a torcida vascaína fique eufórica com esses resultados. Segundo ele, o time, quase o mesmo, não prestava há duas semanas. E ele ainda acrescentou que esse grupo iria continuar brigando para não cair. Uma galera também insistia em derrubar o Botafogo no ano passado. Deu no que deu. O time continua sendo mediano, mas, para a sorte do Vasco, os outros times - com exceção de um Palmeiras, um Atlético-MG ou um Grêmio - não são tão diferentes assim. A segunda página da tabela é o lugar que parece guardar a poltrona macia e a lareira do time de São Januário. Isso se o futebol fosse uma ciência exata. Coisa que passa muito longe de ser. Coração e disciplina podem fazer a diferença em um torneio tão nivelado quanto é o Brasileirão.
Outra questão muito discutida é sobre a barração de Nenê. A verdade é que o meia-atacante estava há muito tempo relegado a uma faixa de campo, de onde tentava algumas bolas alçadas para a área e alguns chutes para o gol adversário. Tudo isso sem muita mobilidade ou a eficácia de 2016. Mas, para um elenco carente de jogadores diferenciados, Nenê faz todo sentido e diferença. Pode ser que a reserva tenha mexido com os seus brios, que o gol decisivo do último jogo tenha devolvido a vibração do camisa 10 da colina e que ele volte a ser a rocha sobre a qual o futebol cruzmaltino será edificado. 

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