O Vasco da quinzena de
maio é bem melhor que o Vasco do Campeonato Carioca. Observe que a questão do
tempo está bem em evidência por aqui. E por qual motivo? Sabemos que, apesar do
esforço e do padrão fornecido pela direção operária de Milton Mendes, o time
vascaíno não é um daqueles que são cantados de cabo a rabo pelo mais
desinteressado torcedor. O mais pessimista já começa a olhar pelo canto do olho
e apostar às escondidas no cruzmaltino naquele bolão da empresa. O fato é que o
time melhorou. Com o fator casa, conseguiu duas vitórias muito suadas contra o
Bahia e o Fluminense (que por sinal tinha uma campanha 100% e exibe um futebol
competitivo). O teste real será quando enfrentar um adversário de peso em seus
domínios, uma vez que toda estrutura rachada e carcomida começou a fazer água
na primeira rodada, contra o Palmeiras.
Flávio Gomes, da Fox
Sports, declarou sabiamente que não há motivo para que a torcida vascaína fique
eufórica com esses resultados. Segundo ele, o time, quase o mesmo, não prestava
há duas semanas. E ele ainda acrescentou que esse grupo iria continuar brigando
para não cair. Uma galera também insistia em derrubar o Botafogo no ano
passado. Deu no que deu. O time continua sendo mediano, mas, para a sorte do
Vasco, os outros times - com exceção de um Palmeiras, um Atlético-MG ou um
Grêmio - não são tão diferentes assim. A segunda página da tabela é o lugar que
parece guardar a poltrona macia e a lareira do time de São Januário. Isso se o
futebol fosse uma ciência exata. Coisa que passa muito longe de ser. Coração e
disciplina podem fazer a diferença em um torneio tão nivelado quanto é o
Brasileirão.
Outra questão muito
discutida é sobre a barração de Nenê. A verdade é que o meia-atacante estava há
muito tempo relegado a uma faixa de campo, de onde tentava algumas bolas alçadas
para a área e alguns chutes para o gol adversário. Tudo isso sem muita
mobilidade ou a eficácia de 2016. Mas, para um elenco carente de jogadores
diferenciados, Nenê faz todo sentido e diferença. Pode ser que a reserva tenha
mexido com os seus brios, que o gol decisivo do último jogo tenha devolvido a vibração
do camisa 10 da colina e que ele volte a ser a rocha sobre a qual o futebol
cruzmaltino será edificado.
Faltam 39 pontos. Depois disto o que vier é lucro !
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