segunda-feira, 15 de maio de 2017

O Vasco estava verde contra o Palmeiras


Muito por causa dos erros de sua zaga e pela inanição de seus laterais, o Vasco foi facilmente goleado pelo atual campeão brasileiro, o Palmeiras. Uma derrota seria assimilada como normal caso houvesse alguma consistência tática no jogo vascaíno. Não dá para dizer também que o Vasco não teve nenhuma chance, pois o cruzmaltino as teve. O problema foi o que fez dessas oportunidades. O lance em que Douglas – um dos únicos que se pode isentar de culpa - pega uma bola mal recuada da zaga palmeirense, tendo tempo para elaborar um milhão de soluções, e chuta no travessão é a marca registrada desse Vasco. Um time que teve vinte dias para treinar e conseguiu executar um padrão de jogo ainda pior que o do estadual (que já não é referência alguma). Intranquilidade é a palavra-síntese para esse time dirigido por Milton Mendes. E tomar um gol aos cinco minutos de jogo ativa todas as inseguranças possíveis.
Não é equivocado dizer que o jogo teve uns vinte e cinco minutos de algum equilíbrio. Só que esse equilíbrio advinha da falta de apetite do time paulista, que parecia satisfeito com a leve vantagem no placar. O segredo para os alvinegros talvez fosse forçar o jogo pelo lado esquerdo, o setor onde estava Zé Roberto, que já não vem suportando correrias. Apenas uma vez o time carioca tentou esse recurso. E o que veio de concreto foi o segundo gol palmeirense, no fim do segundo tempo.
Com 47 segundos do segundo tempo, o Palmeiras ampliou. E a partir daí o jogo poderia ter virado um massacre. Mais tarde, Jomar cedeu mais um pênalti, e o alviverde deu números de goleada ao confronto. Resumo do jogo: foi pouco. Nem a maior goleada do campeonato, o 6 a 2 do Bahia sobre o Atlético-PR, teve números reais tão contundentes. A derrota inicial do Vasco exibiu uma nudez pública do elenco. Desnuda falhas no preenchimento do elenco vascaíno e das limitações de quem foi escalado. Não dá para começar o torneio pegado com as opções de zaga que o time possui. E também há a necessidade urgente de um lateral-esquerdo. Milton Mendes não pode ser considerado culpado por esse ar de tragédia, pois não se pode fazer uma limonada com maracujás.
Segundo informações do GloboEsporte.com, Eurico Miranda também saiu da prostração e investiu na contratação de dois zagueiros, Paulão e Breno. O primeiro é um zagueiro vigoroso que costuma aparecer muito bem nas bolas altas e jogadas de bola parada; o segundo, um jogador de boa técnica, de jogo sóbrio, que foi incensado no Bayern e já teve convocações para a seleção brasileira em uma época que parece distante. A realidade informa que ambos não estavam tendo ritmo de jogo no Internacional e no São Paulo. Ambos vêm tentar uma aposta no Vasco.
Outra especulação vem do Qatar. O zagueiro Anderson Martins já teria se despedido do Umm Salal, seu clube na temporada passada, e pode aportar em São Januário. O fato é que, caso a transferência se concretize, ele seria a única realidade dentro da trinca de nomes com quem o Vasco vem flertando.

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