Uma das maiores características do Corinthians nesse campeonato é o oferecimento da posse de bola ao adversário. Com esse gesto, o alvinegro combate, toma a bola e mata a partida em quatro ou cinco lances. Sem grandes sufocos na defesa, o time de Carille tomou sete gols até o jogo com o Flamengo. Um grande goleiro, laterais seguros, zagueiros bem postados, volantes voluntariosos e de boa saída
O primeiro tempo contra o clube da Gávea indicava que o curso das outras dezesseis partidas seria o mesmo. Ainda que os primeiros minutos indicassem uma pressão maior que o habitual do time paulista, o Flamengo também se apresentou como um adversário ferrenho. Até o lance do primeiro gol de Jô (mal anulado), as ações seguiam equilibradas. Quando houve a ameaça de abertura do placar, o clube carioca murchou feito balão apagado. O Corinthians abriu o placar e dominou as ações do primeiro tempo.
O primeiro gol corintiano exibiu uma falha habitual da defesa de José Ricardo: bola entre o zagueiro e o lateral direito para a progressão do atacante, que surge nas costas e aposta corrida. E foi exatamente assim. Lançamento entre Rever e Pará. O lateral errou a passada, perdeu na velocidade e viu Jô sair na cara do gol. Ao contrário do comentarista Casagrande - que viu falha no fechamento do ângulo do goleiro Diego Alves -, eu o isento de culpa. Não houve falha. Houve mais mérito de Jô, o atacante corintiano. O goleiro teve participação segura e efetiva no resultado final. Excelente aquisição.
O segundo tempo mostrou um jogo completamente diferente, com o Flamengo sendo muito perigoso e dominando as ações. Além disso, o time rubro-negro também apresentou uma segurança incomum na defesa. E essa segurança deve ser ampliada com a entrada de Rodolpho. E a isso foi somada a esperada classe de Diego e Everton Ribeiro e a garra de Guerrero. O rubro-negro ameaçou a meta de Cássio e deu a impressão de que pode pensar em voos maiores se os cochilos da defesa não voltarem a acontecer. E outra: a Arena do Flamengo tem que causar desconforto no visitante, não o contrário.
O torcedor ficou com a visão de que a formação está muito próxima do ideal. Com 70% de posse de bola, o Flamengo arranhou o líder em sua própria casa. E teve chances de sair com os três pontos. Isso não é pouco diante de um time sólido como o Corinthians, que apresenta todos os predicados para ser campeão.
Perfeita análise! Mas eu acho q o nosso novo goleiro teve uma falha no gol sim. Pequena, mas teve. E não pelo ângulo, mas por não ter ido com mais rapidez na bola cruzada, coisa q fez e bem no último lance do jogo.
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